as almas, os pássaros

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sexta-feira, 8 de abril de 2011



E Rafael disse:
Muitos, a maioria, só querem de nós aquilo que pensam que temos para lhes dar. E então eu dou. Depois, fecho e espero. Muitos, a maioria, perde todo o interesse. É assim que eu sei a quem posso dar tudo o que tenho e a quem não. E darei tudo o que tenho, o que me sobra de espírito e cura, aos que se interessam pelo outro, não por aquilo que ele lhes dá, mas por curiosidade. A curiosidade é o princípio do amor e são esses que mudam o mundo.

Fotografia de Stephen Simpson

quinta-feira, 31 de março de 2011

L' amour est éternel... oui, tant qu'il dure... 
Henri de Régnier, poeta e romancista francês, 1864-1936


sentei-me só. tão só. durante anos.

um: ano do mais profundo amor, dois: ano da mais profunda dor; três: ano da mais profunda raiva; todos começaram em março, com os meus rios;

senti-me só, tão só. tão escuro.

quatro: um ano da mais profunda libertação. todos os sentimentos são eternos... enquanto duram, disse-o o Poeta. 

o Poeta não estava a brincar. o Poeta não brinca. quando os sentimentos jorram em nós oriundos da alma primordial, são eternos. podemos separar-nos deles, porque apenas existimos para os experimentar, mas eles não nascem nem morrem em nós. vêm do fundo da luz-escuridão, quebram as barreiras do tempo e do espaço, passamos por eles, iluminam-nos ou quebram-nos e seguimos, deixando-os onde estão, onde sempre estiveram, onde sempre estarão.

numa terra chamada Nonada.

domingo, 20 de março de 2011





os rios de março vão continuar, subterrâneos, pois subterrânea é a sua verdadeira natureza


Foto de Colin Horn na Unsplash

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Agostinho da Silva disse: "É preciso baralhar e dar de novo." 

Dar de novo e dar novo. Ir buscar um novo. Baralho. De flores. Podem ser flores com chamas.

 

 


 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Hoje, passada a madrugada, continuei o dia com a minha parte mais sombria; soltaram-se-me as minhas recordações, presentes, passadas e futuras, e não encontrava caminho linear entre elas.
Não só importa escrever sucessivamente, mas saber quem me sucederá numa constelação de sentidos.
O que é a descendência?
A seiva sobe e desce numa árvore, estende-se pelos ramos, e é regulada pelas estações; eu e a árvore dispomo-nos uma para a outra, num lugar por nomear. Este lugar não tem significação de dicionário, não transmigrou para nenhum livro.
Agora o sol, o solo, a solo, encadeiam-me nas palavras Esta madrugada aproximei-me da certeza de que o texto era um ser.

Maria Gabriela Llansol, in um falcão no punho, diário I, Lisboa: Edições Rolim, 1985. p.48

domingo, 13 de fevereiro de 2011






Chama-se amor a muita coisa. Mas nada há digno desse nome que envolva o ego.


Fotografia de Georg Szabo

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011


Enquanto houver uma gota de petróleo na Terra, não haverá paz. E o que acontecerá depois, depende de termos ou não compreendido as Palavras dos que vieram antes de nós, como Buda, Jesus ou Ghandi. Se nos matarmos uns aos outros, faremos um grande favor aos Demónios. Não levantes a mão contra o teu irmão, como está a acontecer no Egipto. Não sejas um vassalo. Se tiveres de matar alguém, mata antes o Demónio que te oprime. Mas lembra-te: esse Demónio está dentro de ti.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011



Como é que as árvores sabem que devem florir todas naquela noite? Eu acho que elas combinam umas com as outras.

Foi a noite passada.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Roubado daqui.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

There are some qualities- some incorporate things,
That have a double life, which thus is made
A type of that twin entity which springs
From matter and light, evinced in solid and shade.
There is a two-fold Silence- sea and shore-
Body and soul. One dwells in lonely places,
Newly with grass o’ergrown; some solemn graces,
Some human memories and tearful lore,
Render him terrorless: his name’s “No More.”
He is the corporate Silence: dread him not!
No power hath he of evil in himself;
But should some urgent fate (untimely lot!)
Bring thee to meet his shadow (nameless elf,
That haunteth the lone regions where hath trod
No foot of man,) commend thyself to God!

Edgar Allan Poe

folhas soltas

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