Será que podemos reinventar-nos? Perguntou hoje alguém.
Na realidade, a maior parte de todos as coisas vivas no universo reinventa-se diariamente só por uma mera questão de sobrevivência. Adaptarmo-nos é, de certa forma, reinventarmo-nos. Ou nos reinventamos ou extinguimo-nos. Mas esta é uma forma relativamente passiva de nos reinventarmos.
Muitos cientistas e biólogos procuraram no cérebro humano características que realmente nos diferenciassem dos outros animais, essencialmente primatas, e não conseguiram encontrá-las ou defini-las. Tudo o que parecia distinguir-nos dos outros primatas, afinal, é comum a ambas as espécies. Nós processamos em maior quantidade a informação, mas não em qualidade. Os chimpanzés e os gorilas, tal como nós, desenvolvem estratégias, constroem ferramentas e abrigos, sonham, riem e choram, amam, sentem ciúme, inveja, irritação.
Talvez o ser humano, no entanto, seja a único ser da Terra capaz de reinventar-se de uma forma diferente, não apenas para se adaptar, não apenas para sobreviver, mas para, ao reinventar-se, recriar um mundo diferente à sua volta. E essa é uma característica única daquilo a que os filósofos e sábios sempre chamaram Mente.
E mesmo assim, talvez não... Talvez um dia descubramos que há outras criaturas na Terra capazes de o fazer, que também possuem uma Mente, como nós.