A Europa jaz, posta nos cotovelos:
De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabelos
Olhos gregos, lembrando.
O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto.
Aquele diz Itália onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.
Fita, com olhar esfíngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.
O rosto com que fita é Portugal.
Fernando Pessoa, O dos Castelos, in A Mensagem
De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabelos
Olhos gregos, lembrando.
O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto.
Aquele diz Itália onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.
Fita, com olhar esfíngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.
O rosto com que fita é Portugal.
Fernando Pessoa, O dos Castelos, in A Mensagem
Tenho o livrinho Mensagem do F.Pessoa, já o li, mas é coisa para ir relendo para poder-se entranhar e compreender!
ResponderEliminarEu gostei muito desta interpretação:
ResponderEliminarhttp://serpenteemplumada.blogspot.com/2009/11/portugal-europa-e-ocidente-o-enigma-do.html.
Abraço,
Laura
Laura,
ResponderEliminarEste é um daqueles livros que nos toca a todos, assim como o seu autor. É complexo, nem sempre se compreende à primeira, mas quem disse que também temos de compreender à primeira, há leituras, obras de arte nas suas variadas expressões que são para irmos compreendendo, só assim começamos a sentir que o verdadeiro sentido começa a entranhar-se em nós.
Sempre excelentes escolhas e, profundas.
Bjnhs