Às vezes apetece-me dizer a um amigo:
big, big mistake! No entanto, nunca o fiz. Acredito que cada um de nós tem a sua aprendizagem e esta só se concretiza pelos erros que cometemos na vida. Dói-me vê-los cair, dói-me vê-los enterrarem-se, dói-me vê-los emparedarem-se vivos, por vezes, e, no entanto, nada digo. Limito-me a ficar ao lado deles; se um deles me estender a mão, eu agarro. Mas só se me estenderem a mão. Se o não fizerem, fico ali, limito-me a amá-los. Há quem não compreenda. Mas há que respeitar a liberdade com que nascemos. Sem dúvida que todos nascemos livres e haveremos de morrer ainda mais livres, a menos que alguém, bem-intencionado, mas que não saiba amar, resolva viver as nossas dores por nós. E eu? Porque é que quase não cometo erros? Porque vejo para a frente e para trás, infinitamente e, por vezes, interrogo-me: porque é que ainda cá estou?
Talvez porque só veja dentro do círculo.
Fotografia:
Cheyenne Glasgow
Boa noite Laura,
ResponderEliminarUm texto algo enigmático, mas com um sentido bem definhado no pensamento que o alicerça.
Concordo consigo, que apenas aprendemos com os nossos erros. É uma verdade irrefutável.
Coloco-a em prática mesmo com quem mais amo. Vigilante e sempre disponível, tento que o erro cometido seja uma lição de vida.
Quanto ao ainda cá estar, bom… Laura penso que ainda fará muita falta a alguém.
Abraço
Boa noite, sonhadorumfulltime.
ResponderEliminarSe ainda cá estou, não é por fazer falta seja a quem for, porque a falta que fazemos a este ou àquele é sempre relativa, é porque tenho muito que aprender.
E tento sempre não fazer falta seja a quem for, de qualquer forma, só procuro libertar as pessoas e, uma vez libertas, já não fazemos falta alguma. E ainda bem que assim é.
Abraço,
Laura
Laura,
ResponderEliminarDe facto, por vezes, temos tendência, quase natural de dizer "cometeste um erro!", no entanto, não me parece que seja o mais importante ou, pelo menos não devemos estar sempre a referir, se o dizemos uma vez, basta, mas também custa quando certos erros são connosco e, dói.
Eu também defendo que aprendemos com os erros e, quando caímos o ideal é levantarmo-nos sozinhos, mas se não o conseguirmos é bom sentir que temos uma mão ali perto que pode agarrar-nos, também precisamos sentir um pouco isso, afinal somos feitos de afecto mesmo que sejamos "livres" e, entenda-se esta liberdade em sentido filosófico que é como a referida pela Laura. Ainda assim, fazemos sempre falta alguém mesmo quando aqueles que nos rodeiam estão libertos e, andamos cá até ao dia que tivermos que andar.
Colocou questões muito pertinentes neste post, que eu coloco a mim mesma, porque sou humana, porque falho, erro, mas não suporto a falha e, por isso, chego a tornar-me demasiado exigente comigo, logo com o outro, será defeito!?
Gostei muito e, cada vez mais vejo afinidades de pensamento, interpretação e, gostos :)
Abraço
Quanto mais livres, mais livres para dar e receber afecto, sem dúvida. O resto são dependências.
ResponderEliminarAbraço,
Laura