as almas, os pássaros

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terça-feira, 30 de junho de 2009


Acho que a minha viagem está prestes a começar. Não foi agradável ler o sinal. Até a tonta da alma se assustou. A mente nem se fala. Quanto ao corpo, fez o que costuma fazer nestas alturas. Chorou. Confio mais na alma. Inquieta, espontânea, facilmente empurrável, nem sabe ler. Mas sentiu quando eu li. O susto durou pouco tempo. Agora esperamos todas pelo desfecho. Desta vez vai ser uma longa viagem. E iremos de mãos quase vazias. Não sabemos o que está no fim do caminho. Mas sabemos que o caminho será difícil. A mente luta entre preferir ser vítima a carrasco e a prudência aprendida nos bancos da vida. A alma não se vitimiza, canta take the money and run. O corpo lambe as feridas, pulmões quase sem ar, garganta arranhada, noites e noites sem dormir. A Primavera está a chegar. A nossa viagem vai iniciar-se na Primavera. Partiremos com as flores. As dores cairão pelo caminho, carregos pesados. Ainda temo pela alma... ainda temo... mas é tão idiota que talvez sobreviva. Talvez um dia regresse a ti. Ou talvez ainda esta viagem seja apenas para ir ao teu encontro. Porque tu já não estás aqui. Nunca estiveste.


Ainda não parti, mas a minha viagem já começou. A alma lança-se primeiro para a frente, na antecipação do vôo. A mente segue-a, receosa, medrosa, ainda hesitante. Assim se vai abrindo o caminho que me vai separar de ti. Colocar o meu pé físico nos primeiros centímetros desse caminho vai ser uma das coisas mais difíceis que já fiz. O meu corpo não quer separar-se de ti. Nem a alma, mas essa, essa anda sempre a esvoaçar de um lado para o outro. Vai e volta, vai e volta. Nem sabe que vai para sempre. Sabe o quê, a alma? A alma é uma tonta. Feita apenas de voo, emoção e luz e sombras, sabe lá para onde vai, ela. Vai para onde a mandam, ora essa. Vai com o corpo, porque está presa a ele. A mente é que tem medo, mas foi a mente que decidiu. A mente protege em primeiro lugar o corpo. E o corpo, ultimamente, fora muito atacado pelas bicadas da alma, que se queria libertar. A alma enterrou-lhe o bico e as garras e começou a destruir o corpo. O corpo não se mexe. Ou melhor, não se mexia. Mas a mente começou a ver que a coisa estava a ir longe demais. Sentiu o corpo a falhar, as células a avariarem e a errarem a programação, a respiração cada vez mais ofegante, a visão a nublar-se, a circulação a interromper-se em vários pontos. Por isso, olhou no futuro e mudou-o imperceptivelmente. Poucos sabem, mas quando o presente acontece, não é causado pelo passado. É causado pelos nossos pensamentos colocados no futuro. O tempo, ao contrário do que se pensa, tem dois sentidos. O corpo pode percorrer apenas um, mas a mente percorre os dois, infindavelmente, sem mesmo se dar conta. Quando a mente olhou para o futuro e viu a morte do corpo, assustou-se e criou um futuro diferente. Do futuro para o presente chegaram então novos acontecimentos, devagar, ao princípio, depois numa sucessão cada vez mais rápida. Embateram um a um, primeiro como cascalho, depois pedras, depois pedregulhos, contra os muros que rodeavam o corpo, até que estes caíram. O caminho abriu-se. O caminho que me separa de ti. Onde irei dar em breve o primeiro passo. A alma é uma tonta, mas acaba por conseguir sempre o que quer. O corpo prende a alma, a mente é que decide, mas afinal a alma é que manda. Essa tonta. Não sabe para onde vai, só sabe que não quer ficar. Sofre e nem sabe porquê. Morde e arranha, quando enlouquece e pouco lhe importa o mal que faz ao corpo, porque afinal, para ela, o corpo não passa de uma prisão. Não fosse a mente e a alma matava o corpo em três tempos. Talvez num tempo apenas. Como um traço de pincel flutuante ou um lenço de seda puxado pelo vento na direcção de um caminho que ainda mal se abriu, branco, tão branco, como uma fina tela pousada no chão, mal sabe a alma o que a espera. Quando sentir a tua falta, quererá voltar. Mas será tarde demais. O corpo só pode percorrer o tempo num sentido e também os caminhos abertos pela vida não têm regresso. Não sei como a mente e o corpo irão conseguir acalmá-la, à tonta da alma, quando ela perceber que se quebraram os laços entre ela e a tua alma. Neste momento ainda está entrelaçada na tua. Não sabe que vai separar-se. Chilreia, alegremente, numa estúpida emoção sem sentido, que a minha mente se apressa a tentar esmagar. Em vão. A mente é mais densa do que a alma, tal como o corpo é mais denso que a mente. Mas enquanto a mente tenta acertar com um tabefe na alma tonta, esta vai-se distraindo e por vezes, até já se separa da tua, esvoaçando para um lado e para o outro. A tua alma está presa em ti, mas a minha alma não corre para mim, que ainda aqui estou, traça pinceladas coloridas no caminho branco e canta. À medida que o caminho se vai abrindo, com pinceladas e mais pinceladas de vôo, o meu corpo prepara-se para partir também. Eu também vou ter de ir com ele. Estou presa à minha alma. Sou ainda menos densa que ela. Pensam que ela é tonta? Parece tonta, mas não é, sou eu que a controlo. Mas nada decido e nunca intervenho. Nem sei quem sou. Desdobro-me em multiplicidades infinitas. Interrogo-me. Tão sómente.

segunda-feira, 29 de junho de 2009


Por vezes saio do rio, trepo pelas margens da Cidade acima, escorrendo água doce. Ninguém parece surpreendido, talvez porque nas cidades, nestas metrópoles que são como manicómios ou gigantescas masmorras ao ar livre, nada seja estranho demais. Nunca me afasto muito da margem, não posso perder de vista o Mar, a Floresta, desencarno longe deles. Gosto apenas de observar as pessoas, enquanto descanso. O cheiro da maresia chega até mim. A chuva limpa-me, cai no verão, agora, em grandes chapadas de água fresca, nessas alturas não há ninguém na rua, porque é verão, não há guarda-chuvas, refugiam-se nas portas das lojas e dos cafés, nas paragens de autocarro, não houve tempo para se adaptarem. Quando vem o sol, algumas vêem para perto do rio, homens com canas de pesca, pares de jovens namorados, adolescentes de patins, skate ou bicicleta, joggers obcecados com a boa forma física, homens a passearem os cães, as trelas a penderem displicentemente da mão direita, alguns casais idosos, o rio está ali, uma longa serpente prateada ou cor de safira ou uma enorme chapa de oiro rubro ao crepúsculo, cavou aquele enorme, profundíssimo leito ao longo das eras, poucos apreciam a sua força, a sua determinação, a sua paixão, água a perfurar terra, a rebentar com pedra, a galgar colinas, nasceu algures, tão frágil, o rio é assim, se não chegar ao mar morre algures, num pântano como a maior parte das pessoas, não encontram o seu mar, perderam toda a chuva, descruzaram-se de todos os riachos, quebraram com cada obstáculo. O rio devia ensiná-las, como cada gota de chuva é um ensinamento, cada riacho que se cruza connosco nos fortalece, como as pedras e troncos que surgem no percurso nos ajudam a derrubar montanhas, o rio sabe para onde vai. Choro as minhas lágrimas para dentro do rio, ele já não precisa delas, mas é o melhor lugar para as lágrimas, um rio assim. Depois mergulho nele uma vez mais, digo adeus à Cidade, e flutuo de novo, também sei para onde quero ir, mas de nada me vale toda a chuva que me choveu por dentro e por fora, nem todos os outros riachos, nem os pedregulhos e troncos das minhas marés interiores, por vezes, penso, enganei-me no mar, não era este mar, que me foge. Penso, pelo menos tenho o rio.

quinta-feira, 25 de junho de 2009




Há seres humanos que gostam de chapinhar nas pocinhas de água, como algumas crianças nas praias, que têm medo das águas profundas e revoltas. Esses seres humanos só se ligam a seres humanos que são como essas pocinhas de água, onde possam chapinhar à vontade sem risco algum. Ou pelo menos que aparentem sê-lo, por nem mesmo dentro de si próprios gostarem de mergulhar. Olhando para todas as mulheres que passaram pela cama de um homem, podemos acabar por descobrir que esse homem só gosta de chapinhar. O mesmo em relação a uma mulher, claro. Nestes casos, de nada vale o ronronar do mar, ao longe, por detrás dos olhos, dos braços, das dunas, das rochas. Esse homem, ou mulher, jamais se aproximará da orla das ondas. As pocinhas de água são bem mais seguras. E isto é uma mera constatação.


Fotógrafo: Marco Simoni (colecção: Robert Harding World Imagery)



São duas e vinte e dois da manhã. Trouxe o portátil para o piso térreo da casa. Aqui não se ouvem cantar os estranhos pássaros nocturnos, que aliás desapareceram há algumas semanas. Os únicos sons que ouço a esta hora é o ronronar eléctrico do frigorífico e o disparar, a espaços iguais, da ventoínha do computador. Por vezes, também se ouve cair um limão lá fora. São enormes, estes limões, e caem como pedregulhos, mas a casca é grossa e não se abrem. São limões quase doces. Ontem, quase que levei com um na cabeça, enquanto alimentava os peixes no lago. Mas é raro. Não sei porquê, os limões preferem largar o limoeiro durante o dia. Talvez para ver se acertam em alguém. Além de doces, têm sentido de humor. Outras vezes, também ouço um pequeno animal a passar entre as roseiras ou arbustos ou escuto um suspiro tranquilo de um dos meus cães. 

As crianças há muito que se recolheram aos quartos. Estavam cansadas. Hoje fomos comer pasteís de Belém com granizados de limão. Foi um grande passeio a pé, ida e volta. Eu seguia mais ou menos devagar, mas elas corriam para trás e para a frente, não houve árvore ou muro que não experimentassem subir, andaram pelo menos umas dez vezes mais do que eu. Depois do lanche, fomos para o parque, onde a correria continuou e antes de regressarmos a casa, visitámos o mosteiro. Uma das gémeas ainda tentou trepar o túmulo de Camões, mas isso não deixei. Há que respeitar os poetas. Além de que o padre, que estava lá ao fundo a dar a missa das sete para meia dúzia de almas, parecia com vontade de nos crucificar a todas. Não teria gostado de me ouvir contar-lhes a história da Ordem de Cristo, e dos Cavaleiros Templários, a verdadeira história, claro. E do extermínio, numa sexta-feira, dia 13. E de como os homens de então, muitos deles, ainda pensavam que a Terra não era redonda e achavam que o mar estava pejado de monstros marinhos. E de Copérnico e Galileu. A mais velha conhecia a história da rebeldia deste último e foi ela que concluiu, com: E pur se muove

Mas foi isto que Galileu teve de recitar, para escapar à morte: Eu, Galileu Galilei, filho do finado Vincenzio Galilei de Florença, com setenta anos de idade, tendo vindo pessoalmente ao julgamento e me ajoelhado diante de vós Eminentíssimos e Reverendíssimos Cardeais, Inquisidores Gerais da Republica Cristã Universal, contra a corrupção herética, tendo diante de meus olhos os Santos Evangelhos que toco com minhas próprias mãos, juro que sempre acreditei, e, com o auxílio de Deus, acreditarei no futuro, em tudo o que a Santa Igreja Católica e Apostólica de Roma sustenta, ensina e pratica. Mas como fui aconselhado, por êste Ofício a abandonar totalmente a falsa opinião que sustenta que o Sol é o centro do mundo e que é imóvel, e proibido de sustentar, defender ou ensinar a falsa doutrina de qualquer modo; e porque depois de saber que tal doutrina era repugnante diante das Sagradas Escrituras, escrevi e imprimi um livro, no qual trato da mesma e condenada doutrina, e acrescento razões de grande força em apoio a mesma, sem chegar a nenhuma solução, tendo sido portanto suspeito de grave heresia; ou seja porque mantive e acreditei na opinião que diz que o Sol é o centro do mundo e está imóvel, e que a Terra não é o centro e se move, desejo retirar essa suspeição da mente de vossas Eminências e de qualquer Católico Cristão, que com razão era feita a meu respeito, e por isso, de coração e com verdadeira fé, abjuro, amaldiçôo e detesto os ditos erros e heresias e de uma maneira geral todo o erro ou conceito contrário à dita Santa Igreja; e juro não mais no futuro dizer ou asseverar qualquer cousa verbalmente ou por escrito que possa levantar suspeita semelhante sobre minha pessoa; mas que se souber da existência de algum hereje ou alguém suspeito de heresia, o denunciarei a este Santo Ofício, ou ao Inquisidor do lugar onde me encontrar. Juro ainda mais e prometo que satisfarei totalmente e observarei as penitências que me foram ou me sejam ditadas pelo Santo Ofício. Mas se acontecer que eu viole qualquer de minhas promessas, juramentos, e protestos (que Deus me defenda!) sujeito-me a todos os castigos que forem decretados e promulgados pelos cânones sagrados e outras determinações particulares e gerais contra crimes deste tipo. Assim, que Deus me ajude, bem como os Santos Evangelhos, os quais toco com as mãos, e eu, o acima chamado Galileu Galilei, abjuro, juro, prometo e me curvo como declarei; e em testemunho do mesmo, com minhas próprias mãos subscrevi a presente abjuração, que recitei palavra por palavra.
Em Roma, no Convento de Minerva, 22 de Junho de 1633 eu, Galileu Galilei, abjurei como acima disse por minhas próprias mãos. 

E pur se muove, disse ele mais tarde.

Pelas palavras acima, pode não parecer herói nenhum, este homem sem espada. Mas ele sabia que a sua obra só poderia ser preservada por ele. E viveu para o fazer. E pur se muove. Tudo se move. 

Galileu Galilei só no dia 31 de Outubro de 1992 foi reabilitado pelo Papa, depois de a Terra rodar 359 vezes à volta do Sol. Foi um herói tranquilo, apaixonado pelas estrelas e inteligente. Ele, com os seus vidros polidos, a sua pena e os seus livros. Armas terríveis. Agora os padres já nada podem contra nós e os reis foram mortos ou vivem algo enclausurados. Mas se a sociedade voltar a cair no obscurantismo... por vezes acho que pouco falta, com tanta televisão, tantos jogos de computador, tanto consumo, tanta ganância, tanta, mas tanta ignorância, numa época em que todo o conhecimento do mundo parece estar à distância de um clique... quem sabe se os livros de Galileu não serão de novo considerados heréticos e ele excomungado.

quarta-feira, 17 de junho de 2009



As nossas tragédias são sempre de uma profunda banalidade para os outros.
Oscar Wilde

Estar triste é como ter um rio dentro de nós que não encontra a foz. Esse rio percorre todo o nosso ser, enlouquecido e sem sentido ou direcção. Quando se apercebe de que a foz não existe, vira-se contra nós e afoga-nos. Uma vez liberto das paredes da mente, vaza-se no negro da noite, gerando uma entropia avassaladora.


quarta-feira, 3 de junho de 2009



A diferença entre uma pessoa e um anjo é muito fácil. O principal do anjo está por dentro, e o principal da pessoa está por fora." Estas palavras foram ditas por Ana, uma rapariguinha de seis anos a quem às vezes também chamavam Ratinha, Cara Suja ou Jóia. Aos cinco anos de idade, Ana conhecia perfeitamente o sentido da vida, sabia o que significava a palavra amor e era amiga íntima e ajudante do Tio Deus. Aos seis, Ana era barra em teologia, matemática e filosofia, além de poetisa e jardineira. Quando alguém lhe perguntava alguma coisa, a resposta vinha sempre... na devida altura. Às vezes demorava semanas, e até mêses; mas normalmente, quando estava nos seus dias felizes, a resposta vinha logo: directa, simples e precisa. Não chegou a fazer oito anos, porque morreu de um acidente.
[...]
A leitura da Bíblia não tinha grande êxito. Ela considerava-a uma coisa primária, boa só para crianças. A mensagem da Bíblia era simples, e qualquer pateta a podia compreender em meia hora! A religião consistia em fazer coisas, não na leitura de coisas feitas. Uma vez recebida a mensagem, era inútil relê-la cem vezes. O cura da nossa paróquia ficou surpreendido quando interrogou Ana acerca de Deus. Foi esta mais ou menos a conversa:
- Acreditas em Deus?
- Acredito.
- Sabes quem é Deus?
- É Deus.
- Costumas ir à igreja?
- Não.
. Porquê?
- Porque já sei aquilo tudo.
- O que é que sabes?
- Sei amar o Tio Deus, amar as pessoas, e os gatos, e os cães, e as aranhas, e as flores, e as árvores... - a lista nunca mais acabava - ... com todo o meu coração.
Carol riu-se para mim, Stan fez uma careta e eu meti à pressa um cigarro na boca, disfarçando o riso com um ataque de tosse. Não havia nada a fazer perante esta acusação. Porque era uma acusação (Deus fala pela boca das crianças). Ana passara por cima de todo o acessório e resumira séculos de sabedoria numa simples frase: "E Deus disse: ama-me, ama-os, ama tudo,e não te esqueças de te amar a ti próprio."
Aquele costume de os adultos irem à igreja enchia Ana de suspeitas. A ideia do culto colectivo ia contra o sentido íntimo das conversas que ela tinha com Deus. Quanto a ir à igreja para se encontrar com o Tio Deus, era absurdo. Se ele não estava em toda a parte, então não estava em parte nenhuma. Não via a relação entre a igreja e "falar com o Tio Deus".
[...]
- Toda a gente tem os seus pontos de vista, compreendes? O de cada um. Mas o Tio Deus não tem. O Tio Deus só tem "pontos para ver".

Outro dos livros da minha vida. Que posso dizer sobre ele? Li-o, era ainda eu própria uma criança e foi como uma chave que abriu uma porta e eu entrei e nunca mais voltei para trás. É-me difícil escolher excertos para aqui colocar. Lembro-me de tudo, de encontrar neste livro as respostas para as perguntas que tinha e que os adultos não conseguiam responder. Claro que caminhei muito e estou longe, agora, mas este foi o princípio. Este livro. Uma libertação da ignorância dos adultos.

Este ano levei a minha sobrinha à Feira do Livro e ela escolheu cinco livros. Houve quem me perguntasse se eu já os tinha lido. Disse que não. Então, e deixaste que ela os trouxesse? Sim. Não se deve escolher os livros para outra pessoa. Quando muito, pode-se recomendar. Por acaso, um dos livros que ela trouxe foi recomendado por mim, mas tenho a certeza de que será o último que ela lerá, se é que alguma vez o lerá. Cada criança deve poder escolher os seus livros. Cada criança tem o seu próprio caminho a seguir.


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