L' amour est éternel... oui, tant qu'il dure...
Henri de Régnier, poeta e romancista francês, 1864-1936
sentei-me só. tão só. durante anos.
um: ano do mais profundo amor, dois: ano da mais profunda dor; três: ano da mais profunda raiva; todos começaram em março, com os meus rios;
senti-me só, tão só. tão escuro.
quatro: um ano da mais profunda libertação. todos os sentimentos são eternos... enquanto duram, disse-o o Poeta.
o Poeta não estava a brincar. o Poeta não brinca. quando os sentimentos jorram em nós oriundos da alma primordial, são eternos. podemos separar-nos deles, porque apenas existimos para os experimentar, mas eles não nascem nem morrem em nós. vêm do fundo da luz-escuridão, quebram as barreiras do tempo e do espaço, passamos por eles, iluminam-nos ou quebram-nos e seguimos, deixando-os onde estão, onde sempre estiveram, onde sempre estarão.
numa terra chamada Nonada.
numa terra chamada Nonada.