as almas, os pássaros

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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Vi um anjo na pedra e lutei com ela até o libertar. 
Michelangelo

I know nothing in the world
that has as much power as a word.
Sometimes I write one, and I
look at it, until it begins to shine.
Emily Dickinson

Estes dois, o poeta da pedra e a poetisa da palavra, conseguem expressar o mais profundo significado que a poesia tem para mim. Imaginemos que as palavras são como pedrinhas. O não-poeta, o que se julga poeta, mas não o é, pega nas pedrinhas e junta-as, chamando a esse conjunto um poema. O poeta não. O poeta respeita as palavras, respeita as pedrinhas, como Michelangelo respeitava as pedras. Cada palavra tem em si um anjo aprisionado. Não basta juntar palavras bonitas e amontoá-las. O poeta sabe o lugar de cada uma em relação a todas as outras. Todas as palavras têm um anjo e são igualmente importantes, mas o anjo só é libertado pela sinergia entre elas, pela colocação de cada uma delas no lugar certo. Então, o poeta, junta as palavras, como pedras e sabe quais as palavras que ligam umas com as outras, quais as que pertencem a outro poema e guarda essas. Depois pega nas que sobraram e coloca-as no lugar certo umas em relação às outras e elas começam a emitir um ligeiro brilho. Mas não é o brilho da poesia. É o brilho do despertar da poesia. Há que guardar mais algumas palavras ou procurar uma que está escondida. E depois ainda há que baralhá-las de novo e respeitar a distância ou o amor entre elas. E polir o espaço entre elas e algumas palavras são como estrelas no céu, mas outras como laços de seda ou veludo da cor da noite, outras ainda como caules ou rios, umas pulsam, outras descansam. E começam a brilhar com a luz da poesia e o poeta apaixona-se por elas e é com esse amor que lhes dá o polimento final que liberta o anjo nelas. E só então temos um poema. E o conhecimento do poeta para fazer isto vem da sabedoria e verdade iniciais. De nenhum outro lugar. E é por esta razão que todo o poema, todo o poema verdadeiro, se inicia com um despertar. Não das palavras, mas do poeta.

domingo, 30 de maio de 2010

Não serei poetisa enquanto a toutinegra não pousar nos meus ombros.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

I choose my friends not by their skin or other archetype, but by the pupil.
They have to have questioning shine and unsettled tone.
I'm not interested in the good spirits or the ones with bad habits.
I'll stick with the ones that are made of me being crazy and blessed.
From them, I don't want an answer, I want to be reviewed.
I want them to bring me doubts and fears and to tolerate the worst of me.
But that only being crazy.
I want saints, so they dount doubt differences and ask for forgiveness for injustices.
I choose my friends for their clean face and their soul exposed.
I don't just want a man or a skirt, I also want his greatest happiness.
A friend that doesn't laugh together doesn't know how to cry together.
All my friends are like that, half foolish, half serious.
I don't want forseen laughter or cries full of pity.
I want serious friends, those that make reality their fountain of knowledge, but that fight to keep fantasy alive.
I don't want adult or boring friends.
I want half kids and half elderly.
Kids, so they don't forget the value of the wind blowing on their faces and elderly people so they're never in a hurry.
I have friends to know who I am.
Then seeing them as clowns and serious, crazy and saints, young and old, I will never forget that 'normalcy' is a steril and imbecil illusion.

Oscar Wilde


quarta-feira, 19 de maio de 2010

A água dos teus olhos acendeu-me a urgência de descobrir o sabor do céu da tua boca, marfins que estremecem, súbitos veludos de sangue a pulsar, aos murros nas veias, com pressa, as mãos com pressa de incendiar as sedas dobradas, guardadas nas gavetas, os linhos, os bordados, resguardados, escondidos, perdidos, longe, tão perto e tão longe, as gavetas, os armários onde nos prendemos, as mãos com pressa do mergulho, carícias profundas, vincos, peles molhadas, da água, marco-te a pele molhada em sonho com o punhal das unhas pequenas, brancas, pergunto: será salgada ou doce, essa água?
será água?
a minha é salgada, algo doce, é água, água, água, a minha é água, verdadeira como a água, não falo dela, não falo dela contigo, porque é água, água, mágoa, água, com a força da água antiga, quebra ossos e pedras, as mãos presas em laços negros, nós e mais nós, nós? não, apenas nós, apertados, dos laços, a ansiedade das mãos, dos braços, do corpo todo, travada na pergunta, será água? será água a tua água?
será água?
se fosse água, estavas aqui, não é água. pouco me importa o que é, não é água.
se fosse água, desatavas-me os laços negros e eu marcava-te com a concha das minhas unhas, pequenas, rosadas e não precisava de me interrogar sobre o sabor do céu.
da tua boca.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Nem mesmo com a serpente a beber-me a raíz, maldade pura, nunca bati num cavalo. Visto o xaile negro da fadista, o punhal entre os seios, arrastando a saudade debaixo dos pés descalços, mas não bato nos cavalos. Nem quando eles escouceiam ou me atiram ao chão, mais depressa pego na chibatinha e a ferro no pescoço de outros cavaleiros. Nem com a mão, não bato nos cavalos, mas bato nos cavaleiros, com a chibatinha ou com o punhal enfiado entre os olhos, tanto faz, se é de dia ou de noite, a chibatinha para o dia, o punhal para a noite. Prefiro o punhal, a chibatinha é de uma arrogância. 
Cabra é o meu nome do meio, pensei eu hoje quando o homem me disse que os meus cigarros cheiravam bem e o olhei como se fosse lama. Se fosse ontem, ter-lhe-ia oferecido um diabinho preto, mas hoje não, cabra é o meu nome do meio, enquanto ele se enforcava com as cordas de uma guitarra. E agora vens tu, com a família, apareces-me aqui sem avisar e levas com a chibatinha ou com o punhal, talvez te atire uma panela à cabeça, o xaile negro a esvoaçar, sou portuguesa, podes ficar com elas, com a família e com a panela, não me batas à porta agora. Como se eu tivesse portas. 
Hoje reparei nas pedras, umas sobre as outras. As pedras são lentas, tão lentas que parecem mortas, mas quando se movem bebem sangue e trilham ossos. Depois surgem aqueles monumentos, naturais ou feitos pelo homem, o sangue seco entre elas, hoje reparei em todas as vidas que as pedras bebem. Também nunca bati nas pedras. As únicas pedras que para mover não matam são as esculpidas. As pedras gostam de ser amadas, mas só o artista vê nelas alguma coisa e elas deixam-se esculpir, passando fome. Não bato nas pedras, nem com punhal, chibatinha, nem mesmo com maço ou cinzel, mais depressa racho a cabeça dos capatazes, que gostam de lhes dar homens a comer ou cavalos ou bois.
Não devias vir agora, estou a mudar de pele, carrego o xaile da saudade espezinhada, o punhal entre os seios, a chibatinha entre as saias, um maço e um cinzel nos bolsos, a serpente bebe-me a raíz como as pedras outrora o sangue dos escravos, tenho este barco dentro de mim, o punhal é para o barco romper amarras.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fotografia de Johannes Hjorth
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Um foi o grande amor da minha vida. A minha alma gémea, para quem acredita em almas gémeas. Foi também o único homem perfeito que conheci. Perfeito para mim, claro. Alto, moreno, de olhos verdes, mãos grandes, boca larga, um sentido de humor surpreendente, com uma infinita paciência para o meu mau feitio e ainda por cima, um cavalheiro. E no entanto... nenhuma destas qualidades o tornava perfeito. O que o tornava perfeito é que eu era perfeita para ele. Ou seja, éramos perfeitos um para o outro. O nosso estar ao lado um do outro era diferente do estar ao lado de outra pessoa qualquer. Nós sabíamo-lo e sabiam-no os outros. Ele era a minha almofada de criança, a minha casa, o meu chão e o meu céu, o mar que me alimentava a alma e o abismo que me obrigava a mergulhar, a muralha contra a qual eu me quebrava e a origem primeira do meu vôo.  E é, ainda hoje, a razão porque ninguém me quebra, porque a água não se quebra. Ele é a nascente dos meus rios de março. E não, o texto em baixo não foi escrito para ele, foi escrito para o Dois, o das mãos pequenas, mas foi escrito na altura em que o larguei e regressei ao Um. Foi um texto de despedida. É um texto de adeus, saudade e regresso à fonte. Um texto nascido para o Dois, mas com raíz no Um. 
Todos os outros que amei depois, não apenas o Dois, eram imperfeitos. Mas não eram imperfeitos no sentido de lhes faltar algo. Eram completamente errados. Até mesmo fisicamente. Talvez exista em mim uma profunda lealdade ao Um, que me impede de me apaixonar por outro homem que se aproxime da perfeição dele e por isso procure os homens errados. Ou talvez, quando nos separamos da alma gémea, seja para aprender e crescer para além da nossa perfeição. Quem sabe se, quando nos apaixonamos por idiotas, não será para descobrir e confrontar uma certa idiotia em nós. Quando nos apaixonamos por um mentiroso, pode ser que precisemos de extirpar de nós uma réstia de mentira. Quando nos apaixonamos por um ser ordinário, talvez tenhamos de trabalhar a nossa amabilidade para com os outros. Afinal, nós éramos perfeitos um para o outro. Mas seremos perfeitos para o resto da Humanidade? Não. Separados, continuamos no entanto ligados, a crescer e a aprender separados e juntos. E agora que, uma vez mais, os meus rios de março começaram a correr, regresso à nascente neste blog, à claridade, à luz. Reaprendo o que é o Amor, mais livre, mais limpa, mais verdadeira, mais amável, mais feliz. Afinal, aqueles que, como o Um e eu, procuram o amor no Outro, procuram o divino em si. Um. Dois, Três, Quatro, Cinco... foram apenas experiências, degraus, obstáculos a ultrapassar, para que um dia possa regressar ao Um, perfeita para ele, perfeita para a Humanidade. Daqui a muitas vidas.
 

 

quarta-feira, 14 de abril de 2010



I


Que este amor não me cegue nem me siga.
E de mim mesma nunca se aperceba.
Que me exclua do estar sendo perseguida
E do tormento
De só por ele me saber estar sendo.
Que o olhar não se perca nas tulipas
Pois formas tão perfeitas de beleza
Vêm do fulgor das trevas.
E o meu Senhor habita o rutilante escuro
De um suposto de heras em alto muro.
Que este amor me faça descontente
E farta de fadigas. E de fragilidades tantas
Eu me faça pequena. E diminuta e tenra
Como só soem ser aranhas e formigas.
Que este amor só me veja de partida.


II


E só me veja
No não merecimento das conquistas.
De pé. Nas plataformas, nas escadas
Ou através de umas janelas baças:
Uma mulher no trem: perfil desabitado de carícias
E só me veja no não merecimento e interdita:
Papéis, valises, tomos, sobretudos
Eu-alguém travestida de luto. (E um olhar
de púrpura e desgosto, vendo através de mim
navios e dorsos).
Dorsos de luz de águas mais profundas. Peixes.
Mas sobre mim, intensas, ilhargas juvenis
Machucadas de gozo.
E que jamais perceba o rocio da chama:
Este molhado fulgor sobre o meu rosto.


III


Isso de mim que anseia despedida
(Para perpetuar o que está sendo)
Não tem nome de amor. Nem é celeste
Ou terreno. Isso de mim é marulhoso
E tenro. Dançarino também. Isso de mim
É novo: Como que come o que nada contém.
A impossível oquidão de um ovo.
Como se um tigre
Reversivo,
Veemente de seu avesso
Cantasse mansamente.
Não tem nome de amor. Nem se parece a mim.
Como pode ser isso? Ser tenro, marulhoso
Dançarino e novo, ter nome de ninguém
E preferir ausência e desconforto
Para guardar no eterno o coração do outro.


IV


E por que, também não doloso e penitente?
Dolo pode ser punhal. E astúcia, logro.
E isso sem nome, o despedir-se sempre
Tem muito de sedução, armadilhas, minúcias
Isso sem nome fere e faz feridas.
Penitente e algoz:
Como se só na morte abraçasses a vida.
É pomposo e pungente. Com ares de santidade
Odores de cortesã, pode ser carmelita
ou Catarina, ser menina ou malsã.
Penitente e doloso
Pode ser o sumo de um instante.
Pode ser tu-outro pretendido, teu adeus, tua sorte.
Fêmea-rapaz, ISSO sem nome pode ser um todo
Que só se ajusta ao Nunca. Ao Nunca Mais.


V


O Nunca Mais não é verdade.
Há ilusões e assomos, há repentes
De perpetuar a Duração.
O Nunca Mais é só meia-verdade:
Como se visses a ave entre a folhagem
E ao mesmo tempo não.
(E antevisses
Contentamento e morte na paisagem).
O Nunca Mais é de planície e fendas.
É de abismos e arroios.
É de perpetuidade no que pensas efêmero
E breve e pequenino
No que sentes eterno.
Nem é corvo ou poema o Nunca Mais.


VI


Tem nome veemente. O Nunca mais tem fome.
De formosura, desgosto, ri
E chora. Um tigre passeia o Nunca Mais
Sobre as paredes do gozo. Um tigre te persegue.
E perseguido és novo, devastado e outro.
Pensas comicidade no que é breve: paixão?
Há de se diluir. Molhaduras, lençóis
E de fartar-se,
O nojo. Mas não. Atado à tua própria envoltura
Manchado de quimeras, passeias teu costado.
O Nunca Mais é a fera.


VII


Rios de rumor: meu peito te dizendo adeus.
Aldeia é o que sou. Aldeã de conceitos
Porque me fiz tanto de ressentimentos
Que o melhor é partir. E te mandar escritos.
Rios de rumor no peito: que te viram subir
A colina de alfafas, sem éguas e sem cabras
Mas com a mulher, aquela,
Que sempre diante dela me soube tão pequena.
Sabenças? Esqueci-as. Livros? Perdi-os.
Perdi-me tanto em ti
Que quando estou contigo não sou vista
E quando estás comigo vêem aquela.


VIII


Aquela que não te pertence por mais queira
(Porque ser pertencente
É entregar a alma a uma Cara, a de áspide
Escura e clara, negra e transparente), Ai!
Saber-se pertencente é ter mais nada.
É ter tudo também.
É como ter o rio, aquele que deságua
Nas infinitas águas de um sem-fim de ninguéns.
Aquela que não te pertence não tem corpo.
Porque corpo é um conceito suposto de matéria
E finito. E aquela é luz. E etérea.
Pertencente é não ter rosto. É ser amante
De um Outro que nem nome tem. Não é Deus nem Satã.
Não tem ilharga ou osso. Fende sem ofender.
É vida e ferida ao mesmo tempo, "Esse"
Que bem me sabe inteira pertencida.


IX


Ilharga, osso, algumas vezes é tudo o que se tem.
Pensas de carne a ilha, e majestoso o osso.
E pensas maravilha quando pensas anca
Quando pensas virilha pensas gozo.
Mas tudo mais falece quando pensas tardança
E te despedes.
E quando pensas breve
Teu balbucio trêmulo, teu texto-desengano
Que te espia, e espia o pouco tempo te rondando a ilha.
E quando pensas VIDA QUE ESMORECE. E retomas
Luta, ascese, e as mós vão triturando
Tua esmaltada garganta… Mesmo assim mesmo
Canta! Ainda que se desfaçam ilhargas, trilhas…
Canta o começo e o fim. Como se fosse verdade
A esperança.


X


Como se fosse verdade encantações, poemas
Como se Aquele ouvisse arrebatado
Teus cantares de louca, as cantigas da pena.
Como se a cada noite de ti se despedisse
Com colibris na boca.
E candeias e frutos, como se fosses amante
E estivesses de luto, e Ele, o Pai
Te fizesse porisso adormecer…
(Como se se apiedasse porque humana
És apenas poeira,
E Ele o grande Tecelão da tua morte: a teia).
Como se fosse vão te amar e por isso perfeito.
Amar o perecível, o nada, o pó, é sempre despedir-se.
E não é Ele, o Fazedor, o Artífice, o Cego
O Seguidor disso sem nome? ISSO…


O amor e sua fome.





terça-feira, 2 de fevereiro de 2010



Já não consigo ver o futuro. Nenhum futuro. Olho para o futuro, tento visualizá-lo, mas ele não está lá. O futuro desapareceu.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010












Basta alimentá-lo de forma incorrecta. Essa é a verdadeira razão porque há mais viúvas que viúvos.












Fotografia: Shalom Ormsby




segunda-feira, 25 de janeiro de 2010


Fonte da Fotografia: .Com Prosa




segunda-feira, 18 de janeiro de 2010



a Força Exacta é violência.
a Força em espirro, ao acaso, não é violência, é existência.
O mal é Fixar a Força (direccioná-la) porque a natureza espon-
tânea não o FAZ.
Natural é ser FORTE, isto é, avançar.
Violento é o Percurso que antecede o viajante. Antes dos pés:
Sapatos; a estrada.
A Força Exacta é violência.
A natureza não tem, nunca teve, Forças EXACTAS.
E tudo o que o homem faz é tornar exacta a FORÇA.
Ser violento é construir; todo o Edifício é violência.
O homem é o Exacto da Natureza; a falha NATURAL; o Erro.
Deus errou:
fez o homem EXACTO.


Gonçalo M. Tavares in Investigações. Novalis

Fotografia de Alfred Eisenstaedt, Hiroshima, 1945


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