On winter afternoons
That oppresses, like the weight
Of cathedral tunes.
Heavenly hurt it gives us;
We can find no scar,
But internal difference
Where the meanings, are.
None may teach it anything,
'T is the seal, despair,
An imperial affliction
Sent us of the air.
When it comes, the landscape listens,
Shadows hold their breath;
When it goes, 't is like the distance
On the look of death.
Tradução:
Há uma certa inclinação na luz,
Nas tardes de inverno
Que oprime, como o peso
Da música das catedrais.
Uma dor celestial nos traz;
Não deixa cicatriz,
Mas uma mudança interior
No lugar dos significados.
Ninguém lhe pode ensinar algo,
É o selo, desespero,
Uma aflição imperial
Que nos cai do ar.
Quando chega, a paisagem escuta,
As sombras sustêm a respiração;
Quando se vai, é como a distância
No olhar da morte.
Laura,
ResponderEliminarTrês belos poemas sobre a dor.
Dor d´Alma
Relógio de pulso
as horas avulso
comprarás seja onde for
O teu tiquetaque
estrangula o meu pulso
como Jack
o estripador
E dia após dia
o teu ponteiro
dá duas voltas
por inteiro
Duas vezes por dia
ainda tentas
dobrar o cabo das tormentas
Relógio de pulso
relógio de pulso
a tiquetar
Para quem persegue o tempo
o tempo é sempre a dobrar.
É uma dor d´alma
perder a alma
e não perder o corpo
a ela preso
Perder o peso
do sim do não
talvez
perder a vez
a veio o nervo
Perder a veia
o sangue anseia.
O sangue brota
e nem se nota
nem dor.
Perder o peso
ir flutuar sem dor
sair ileso por um fio
fio de lâmina
Perder a ânima
num bar
e o tempo ainda a tiquetar
Para quem persegue o tempo
o tempo é sempre a dobrar
Boa semana ,amiga.
Abraço
Cara Ana,
ResponderEliminaro poema é seu? Gostei muito.
Obrigada, boa semana e um abraço,
Laura