De uma terra à outra o azul profundo. Ondas de prata correm de terra a terra e entre elas e o céu sopram os ventos. Batem nos rochedos, de terra a terra, ilha a ilha, peito a peito. Os rios desistem e transbordam. Derretem as neves nos limites da vida, o oxigénio precipita-se no espaço por entre a aurora boreal. As árvores queimadas, os pulmões param. Dói respirar, as asas partidas no chão. Pois agora ergo-me e danço, rodopio no vento, recolho as folhas e as asas e os olhos dourados dos lobos mortos, salto de onda em onda, atravesso o mar todo e vejo-me nas estrelas.
Sou a vida. Sobreviverei no átomo, respirarei no vazio, sem pulmões.
Se me permite,Laura.
ResponderEliminarSua escrita é divinal,a escolha musical
é de muito bom gosto.
Me perdoe a observação,quanta
melancolia.
Ânimo minha cara amiga.
abç
PS:É difícil postar msg.
Cara Ana,
ResponderEliminarobrigada pela visita. A melancolia é o rosto da minha alma, mas a espada é a minha força. O ânimo, se me permite também, vem-me da luz, que está em todo o lado, no tempo e no espaço.
Abraço para si também.
PS: só se for por moderação dos comentários... terei de reclamar à Google... :)