um pesado tempo quotidiano
onde os gestos se esbarram ao longo do ano
De um amor morto não fica
nenhuma memória
o passado se rende
o presente o devora
e os navios do tempo
agudos e lentos
o levam embora
Pois um amor morto não deixa
em nós seu retrato
de infinita demora
é apenas um facto
que a eternidade ignora
Sophia de Mello Breyner Andresen
Laura
ResponderEliminarMuito belo este poema.
De um amor morto não fica
nenhuma memória
o passado se rende
o presente o devora
Adorei
Beijinhos
E a vida em nós segue em frente. De preferência com um sorriso sereno.
ResponderEliminarConcordo, Laura...
ResponderEliminara VIDA precisa seguir.
Belíssimo poema, como tudo que esta mulher escreveu.
O presente devora o passado, ainda bem...
Beijo.
Querida Guacira, fiquei feliz com a sua visita.
ResponderEliminarBeijinhos,
Laura