Se a memória me não falha, creio que esta será a primeira passagem de ano - no ocidente - que passo só. Não que esta data tenha algum significado especial para mim, mas tem para tantas pessoas. Para mim não, como não tem para as plantas ou para os animais. São mais importantes os solstícios e os equinócios, as rotações e as translações. E eu compreendo, esta necessidade de controlar o tempo, de o domar, embora tal não seja possível. Há sempre acertos a fazer, por melhores que sejam os físicos e os matemáticos, porque o tempo sofre oscilações e estica e encolhe, como as nossas mentes.
As pedras, as plantas e os animais estão certos. O tempo é um rio e corre como quer, por onde quer, por vezes lento, por vezes rápido, doce e suave, ou violento e esmagador.
E nós como folhas na água, pensamentos frágeis, poderosos no seu conjunto, ignorantes desse poder, procurando conhecer o que está na água do rio do tempo.
Por isso, tchin-tchin. Toda a verdade está aqui, pois qualquer rio corre para o mar, tchin.
A todos os que me acompanharam desde sempre, desde o meu primeiro blog (o sal das lágrimas), a todos os que nunca me acompanharam, a todos os que só agora me acompanham, desejo...
... que possam estar comigo um dia, diante do mar. Tchin.
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