A desidratação torna-nos quebradiços. Podemos partir-nos em milhões de pedaços e nem dar por isso ou tal ser extremamente doloroso. Para lidar com a desidratação temos de a enfrentar como uma desconstrução e não aproveitar nenhum pedaço daquilo que se partiu. O cálice parte-se, sim. Mas era um cálice de terra, Inês. Barro. Era um cálice imperfeito. Temos de reconstruir-nos, agora, e sim, podes usar o barro, mas tens de o amassar com luz. Inês escutava Alaïs atentamente, o corpo trémulo e dorido, tinha frio e tinha medo, mas escutava-a. Sabia tudo o que tinha de largar e não era fácil. Já não tinha mais lágrimas, rios e mar estavam secos. A luz existe na escuridão, tal como a eternidade existe no tempo. Com o teu corpo formas uma cruz, abraças e colhes, abraça e colhe, mas lembra-te, o que colhes não é aquilo que abraçaste. Abraças no plano do barro e colhes no plano da luz. Só assim poderás construir o cálice perfeito. Pois é assim que se amassa o barro com a luz.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
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quinta-feira, julho 16, 2009
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quarta-feira, 15 de julho de 2009
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quarta-feira, julho 15, 2009
O mar morreu de assalto e as palavras secaram, fossilizadas, jazem num leito de pedra à espera do dilúvio de uma memória que singelamente lhes degole a sede.
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domingo, 12 de julho de 2009
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domingo, julho 12, 2009
Não há calor nem frio neste sítio onde me encontro,
nem luz nem escuridão. Apenas breves sombras
acinzentadas, como pálidos braços
de nevoeiro ondulantes, talvez serpentes adormecidas,
cujos dentes se tenham enterrado no sangue
outrora vermelho, agora igualmente cinzento,
espesso, enlameado.
Não há sentimento ou emoção,
apenas uma espécie de anestesia,
paralisia ou desaceleração, quase morte.
Não existe sequer peso ou leveza,
ou chão, ou caminho ou horizonte ou paisagem,
nem mesmo o tempo aqui sobreviveu.
Não existe vida. No entanto, existe algo.
Eu estou aqui e não estou morta.
Mas não há som, nem tacto, nem cheiro,
apenas a memória do sabor numa certa humidade
na boca e os restos de uma visão queimada.
Não estou adormecida. Não estou acordada.
Nada sinto. Estou mortalmente cansada.
Pedra vegetal. Dormente.
De repente fui despertada por guinchos horríveis. Só então me apercebi de que adormecera também. Os guinchos provêm da alma, que se contorce, perdendo gradualmente a forma, enquanto o punhal se crava no ser. As asas já não existem. Os guinchos são como os de uma criatura recém nascida, abandonada, esfomeada. Tento não ouvir. O tempo restabelece-se, toda a paisagem se desfaz, cores violentas invadem a minha sensibilidade. Tento ainda segurar o cabo do punhal, mas em vão, pois o cabo desfaz-me uma parte da mão. Enterra-se cada vez mais firmemente na alma, que se parece cada vez mais com um trapo sujo. O punhal desaparece e tudo fica silencioso. Em estado de choque, fito o que sobrou, na luz cinzenta. Fiapos negro-azulados de uma qualquer coisa. A coisa rasteja agora, em direcção ao corpo. Continua viva. Cobre todo o corpo, enquanto a mente enlouquece por um instante, e a coisa penetra nele, no corpo, pela pele, sem dor. À medida que o corpo cai, lentamente, na neve, a luz regressa. O tempo faz-se ouvir de novo. A mente adormece. Estamos no cimo de uma montanha gelada. Vejo o sol a rosar o horizonte. Não há caminho. As pálpebras erguem-se devagar. O olhar do corpo é triste. Vejo-o ficar azulado com o frio, braços, mãos, pernas, pés, nádegas enterrados na neve branca. A coisa está viva dentro dele. A mente desperta e começa a trabalhar. Mas é inútil. O corpo está nú, na neve gelada. Não há caminho. Preparo-me para partir. É então que ele surge, Raziel, sob a forma de esfinge ardente, do outro lado do cume, de ocidente. Desenhou uma estrada na encosta da montanha e traz um manto sobre o dorso. Com espanto, vejo o corpo erguer-se e precipitar-se na direcção do querubim e aninhar-se sob as suas patas dianteiras. Raziel baixa a enorme cabeça e o manto escorrega-lhe do pescoço para cima do corpo. Sussurra um nome, que não consegui escutar. O corpo adormece de novo, enrolado no manto. Raziel parte. Durante sete dias e sete noites, o corpo não se move, mas respira, e ouço a mente a trabalhar. No amanhecer do oitavo dia, o corpo ergue-se, enrolado no manto e vira-se para trás, o olhar gelado fixo em mim. Com voz rouca, murmura: Vens? Sem palavras, volto a fundir-me com o corpo e a mente e desço com eles a montanha, pela estrada calcinada que Raziel deixou aberta. Da alma, nem sinal.
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sábado, 11 de julho de 2009
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sábado, julho 11, 2009
Senhor das Palavras, não te quero aqui.
As palavras que te roubei estão mortas.
Eu também.
Até que a realidade a trespassou de lança, como a um estafermo de barro fresco, ao ver as palavras secas a corromperem-se entre os dedos famintos. Pegou então no que restava delas, pedaço a pedaço, e devorou-as, mastigou-as raivosamente, rasgou-as com os dentes caninos, triturou-as com os molares, desfez o resto em papa com a acidez da saliva e tentou cuspi-las. As palavras, vingativas, invadiram-lhe as entranhas e penetraram-lhe no sangue. Agora, deliciadas, vampirizam-lhe o corpo e a vida, devagar, muito devagar, com o prazer deleitoso, profundo e egoísta das mortas-vivas.
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sexta-feira, 10 de julho de 2009
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sexta-feira, julho 10, 2009
Ezequiel 10:14
E cada um deles tinha quatro rostos:
o primeiro, era o rosto de um touro
e o segundo o rosto de um humano,
e o terceiro o rosto de um leão
e o quarto o rosto de uma águia.
Árvore da vida
irmã, guardo-te com a flama,
quatro nomes e quatro rostos, terra,
mar, fogo e vento.
Onde está o meu irmão?
Não há abraço
na mentira.
Sobra o fogo:
keruvim araiot.
Cálice de luz, sei
todos os nomes, encontrarei
o que te perdeu,
será teu,
na tua
mão.
A alma não acorda. Já tentei várias vezes arrancar-lhe o punhal que tem cravado entre as frágeis asas, mas em vão. O punhal é estranho. Parece cristal, mas não é sólido. Cada vez que tento puxá-lo, enterra-se mais e estende pelas costas da alma uma espécie de pequenos tentáculos de água, que seguram as asas de encontro às margens delicadas do ser etéreo. Retiro a mão e os tentáculos desaparecem. Não são realmente água. Já tentei senti-los. Estão muito quentes e emitem luz, como se fossem de matéria plasmática. O corpo e a mente já acordaram. Só me falta acordar a alma, mas sem tirar o punhal, não consigo. Pela primeira vez, não sei o que fazer. Preciso compreender como surgiu este punhal e de que material ou energia é feito. Sem a alma, não sei para onde vamos. Já descansámos o suficiente. Posso abandoná-los aos três e partir, mas sei que ainda não chegou o tempo. Estou agora aqui confinada a este espaço, onde existe apenas uma estranha mistura de penumbra e claridade. Senti-a sonhar, a noite passada. Invocou Raziel. Não faço ideia o que pretende do querubim. Não se devem invocar os querubins sem mais nem menos. Mas como a tonta, como de costume, não sabe o que está a fazer, resta-me esperar. O corpo recupera devagar, mas de forma segura. A mente, a mais cobarde de todas, ainda treme. Aqui o tempo foi silenciado, o que ainda me preocupa mais, pois sem a música do tempo não faço ideia se isto pode ter um fim. Isto, este intervalo forçado num buraco do tempo, com a alma a dormir, o punhal cristalino enterrado entre as asas. Não que esteja desconfortável. Só me sinto incomodada. A maior parte da luz que aqui existe vem do punhal. Não gostava que ele se apagasse. Mas sei que tenho de arranjar uma forma de o arrancar ou de o enterrar de vez dentro da alma. Só que não sei se ela poderá voar com o punhal enterrado lá dentro. É importante compreender primeiro as coisas antes de lhes tocar ou de as forçar a algo. E a única forma absoluta de compreensão é através do amor. Tento amar o punhal, mas não consigo. É demasiado estranho. Nunca vi tal coisa. Vou ter de aguardar. Sento-me e dou pequenos toques na alma. Nada. No sítio onde depositei os toques, surgiram pequenos jasmins brancos. Suspiro. Sinto pela primeira vez com dor a ausência da música. O silêncio dói. Mas isso já eu sabia.
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terça-feira, 7 de julho de 2009
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terça-feira, julho 07, 2009
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terça-feira, julho 07, 2009
Ancorada a uma espera de refracção impossível, luz devorada pela própria sombra, pulsão de irreversibilidade, inexisto. Até que a única imperfeição da flor, rebelde e gelada, me liberte, sem som algum ou compaixão.
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terça-feira, julho 07, 2009
No man is an island, entire of itself;
every man is a piece of the continent, a part of the main.
If a clod be washed away by the sea,
Europe is the less, as well as if a promontory were,
as well as if a manor of thy friend's or of thine own were.
Any man's death diminishes me, because I am involved in mankind;
and therefore never send to know for whom the bell tolls; it tolls for thee...
John Donne, Meditation 17, Devotions upon Emergent Occasions
Quando não tenho que lidar com os teus temporais, tudo no meu universo fica mais tranquilo. A minha dança apazigua a tua eterna deslealdade. Mãos como raízes, braços como ramos, pés como frutos. A dança é fluida. Véus de vento, água e luz cobrem a terra. Pequenas línguas de fogo despertam no núcleo; a sua extrema intensidade transforma os metais e regula os pólos; a sua delicadeza poupa as árvores.
Talvez um dia consiga despertar-te desse sono profundo. Melhor ainda... talvez um dia despertes por ti e por aqueles que precisam de ti. E esqueças as meras questões mundanas que nos separam.
As aves marinhas voam à altura do meu olhar, agora sereno. Como cenário de fundo, uma cidade ao crepúsculo, uma foz, um rio, o mar cor de prata, os tons azuis, roxos e rosa do sol que desaparece na orla do planeta, que por vezes parece perdido... As luzes vão-se acendendo uma a uma, ofuscando as estrelas, e os sinos tocam. São dezoito horas e trinta e dois minutos. Porque tocarão os sinos? Talvez por mim, como tão bem escreveu John Donne. Não deixa de ser uma hora estranha para eles tocarem. Agora, que me sentei a escrever, enquanto anoitece. Tocam por mim, com certeza.
Hoje não sei qual de mim sou. Estou numa cidade estranha, mas ao mesmo tempo familiar, onde não há táxis. As aves continuam a voar à altura dos meus olhos, assim levam-me com elas, estou precisamente no sétimo piso, no plano exacto do vôo tranquilo do crepúsculo, antes que adormeça tudo o que é natural e ao dia pertence. É um óptimo plano para se estar. Mas continuo sem saber qual de mim sou e que partes de mim estão acordadas e quais dormem. Talvez seja por estar numa cidade estranha, talvez nada em mim durma ou nada em mim esteja acordado, se quando viajo estou sempre no plano do sonho, afinal no plano do vôo, afinal longe, até de mim.
Estou rodeada de mogno, seda, cabedal, aço, de tons castanhos, creme e côr de vinho maduro. Quente e confortável. Sólido. Não era necessário tanto para voar. Mas por vezes acontece. Talvez ainda não esteja pronta para voltar a andar de pés descalços. Ainda tenho as plantas dos pés queimadas. Talvez por isso os sinos toquem. Talvez pela morte de alguém. De alguém que sou. Pois sou todos os que já existiram e existem e virão a existir. Ou talvez apenas pelas plantas dos meus pés.
Talvez um dia consiga despertar-te desse sono profundo. Melhor ainda... talvez um dia despertes por ti e por aqueles que precisam de ti. E esqueças as meras questões mundanas que nos separam.
As aves marinhas voam à altura do meu olhar, agora sereno. Como cenário de fundo, uma cidade ao crepúsculo, uma foz, um rio, o mar cor de prata, os tons azuis, roxos e rosa do sol que desaparece na orla do planeta, que por vezes parece perdido... As luzes vão-se acendendo uma a uma, ofuscando as estrelas, e os sinos tocam. São dezoito horas e trinta e dois minutos. Porque tocarão os sinos? Talvez por mim, como tão bem escreveu John Donne. Não deixa de ser uma hora estranha para eles tocarem. Agora, que me sentei a escrever, enquanto anoitece. Tocam por mim, com certeza.
Hoje não sei qual de mim sou. Estou numa cidade estranha, mas ao mesmo tempo familiar, onde não há táxis. As aves continuam a voar à altura dos meus olhos, assim levam-me com elas, estou precisamente no sétimo piso, no plano exacto do vôo tranquilo do crepúsculo, antes que adormeça tudo o que é natural e ao dia pertence. É um óptimo plano para se estar. Mas continuo sem saber qual de mim sou e que partes de mim estão acordadas e quais dormem. Talvez seja por estar numa cidade estranha, talvez nada em mim durma ou nada em mim esteja acordado, se quando viajo estou sempre no plano do sonho, afinal no plano do vôo, afinal longe, até de mim.
Estou rodeada de mogno, seda, cabedal, aço, de tons castanhos, creme e côr de vinho maduro. Quente e confortável. Sólido. Não era necessário tanto para voar. Mas por vezes acontece. Talvez ainda não esteja pronta para voltar a andar de pés descalços. Ainda tenho as plantas dos pés queimadas. Talvez por isso os sinos toquem. Talvez pela morte de alguém. De alguém que sou. Pois sou todos os que já existiram e existem e virão a existir. Ou talvez apenas pelas plantas dos meus pés.
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terça-feira, julho 07, 2009
Vou reaprender a dança do leque no fim do silêncio. Serão os primeiros sons que escutarei. Durmo. Sei que durmo, aninhada no peito de alguém. Talvez no meu próprio. O leque aberto rasga, fechado é punhal. O leque é vermelho. Visualizo o leque a rasgar o ar, aberto. O leque torna-se o centro de gravidade do corpo. Estou dentro do leque, por isso o corpo dança à volta dele desenhando formas improváveis. O leque liga o céu e a terra. É um leque muito bonito. Sim, durmo. Sonho. O corpo à volta do leque, sem música, porque este silêncio nasceu da última lágrima. Vou ter de me habituar a escutá-lo, ao silêncio. Será o coração que pulsa sem som dentro da música do leque. Os movimentos do corpo são belos.
Vou para um nível de sono mais profundo. O oceano brilha e flutuo, adormecida, sobre os braços nele traçados do luar. Até as estrelas se silenciaram. Este é o silêncio do verdadeiro princípio. Ventre.
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terça-feira, julho 07, 2009
(*) Conto infantil de Sophia de Mello Breyner
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domingo, 5 de julho de 2009
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domingo, julho 05, 2009
O tempo... são mãos, criadoras, educadoras, castigadoras... mãos, que moldam barros, cortam joio, cavam leitos de rio, amassam pão, pisam uvas, fundem metais, desenham artes, dominam o fogo, rasgam sem compaixão os trilhos da nossa vida... mãos. O tempo são as nossas mãos. Delas surgiu o tempo, como da batuta de um maestro, e só se silenciará quando a música der lugar ao deslumbramento.
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