as almas, os pássaros

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sábado, 25 de julho de 2009



Um dia renasceu e tinha um irmão. Por causa desse irmão, esqueceu-se também de quem era. Cresceram juntos. Nas horas livres, corriam pelas praias atrás das gaivotas e dos caranguejos, deslizavam nas rochas cobertas de algas verdes e macias, coleccionavam conchas. Viviam na ponta mais ocidental da terra, para além da qual só havia mar. Uma terra ainda livre e intocada. O povo era rude e taciturno, a paisagem agreste, a comida escassa. À medida que crescia, recuperava os seus dons. Aprendeu a curar com mãos e plantas. Os campos tornaram-se férteis e a água doce brotou das rochas. As flores desabrochavam nos caminhos que pisava. Não havia lobo que comesse uma ovelha na sua presença. Quando atingiu os quinze anos, tal como a água brotara das rochas, também três rios prateados nasceram entre os seus cabelos negros. E foi então que chegaram os padres. Vinham vestidos de escuro, com capuzes e cruzes e rodeados de cavaleiros vestidos de ferro. Quando os viu pela primeira vez, mil pássaros enlouqueceram dentro dela e a sua energia estilhaçou-se, como vidro quebrado.

- O que tens? Perguntou Idevor, a remexer na areia com um pau.
Viria limitou-se a abraçar os joelhos com as mãos e nada disse. O mar espraiava-se diante dos seus olhos, prateado, ondas brancas quebravam-se lá mais longe, o céu carregado a ameaçar temporal. Mas os olhos escuros do irmão fitavam apenas a areia revolta nervosamente pelo pau.
- Não queres ir à missa, no domingo? Mas o pai diz que tens de ir.
- Não percebo nada do que eles dizem., respondeu Viria finalmente. Falam em latim. Porque é que tu vais? Também não percebes nada.
Tentou abraçar o irmão, mas este levantou-se, subitamente, rejeitando os seus braços magros e atirando furiosamente o pau na direcção das ondas.
- Dizem que és bruxa!, atirou-lhe, a voz alterada. E afastou-se rapidamente, deixando-a completamente só. Como quase sempre estivera.

O traje de serapilheira feria-lhe a pele delicada. Os longos cabelos negros tinham sido primeiro cortados e depois arrancados com ódio, mas nem mesmo assim tinham desaparecido os três rios de prata que lhe tinham nascido um dia da alma, que mais pareciam agora três cordões de estrelas. Olhou para trás uma última vez, para o irmão.
- Idevor… a voz falhou-lhe, espantada, na garganta.
- Esse já não é o meu nome!, respondeu-lhe o irmão, a voz seca, os olhos negros a espreitarem por entre o capuz de monge. Os dois soldados, vestidos de ferro da cabeça aos pés, torceram-lhe os dois braços, arrastando-a tão violentamente que lhe deslocaram um dos braços. Mas ela não tirava os olhos do irmão. Pensou Viria também nunca foi o meu nome. Murmurou para si mesma, uma vez mais, o nome do irmão. Idevor. Mas nenhum som saiu da sua garganta. O irmão atirou o capuz para trás, fitando-a e, para seu grande espanto, fitava-a com um profundo amor, como se fosse o seu salvador. Um amor rasgado pela dor. Como estás errado, Idevor… meu Tômânem com espadas, nem com palavras, nem com cruzes ou fogueiras… não adivinhaste ainda o único caminho para a Luz? Tu, que és Luz? E foi este o seu último pensamento, pois um dos guardas deu-lhe um pontapé tão forte na cabeça, que desmaiou. O que sofreu de seguida distorceu-lhe a alma, que só despertaria de novo passados mais de mil anos.


terça-feira, 21 de julho de 2009



Esta é a Hora do Chumbo—
Memória, se prolongado,
Como pessoas que Gelam, recolhem a Neve—
Primeiro—Arrepio—depois Torpor—depois o deixar ir—


[Emily Dickinson]

Entre o torpor e o deixar ir
existe um limbo de sinsépalos cálices
como mãos geladas
Estéril perianto de folhas maceradas

domingo, 19 de julho de 2009


Pain has an element of blank;
It cannot recollect
When it began, or if there were
A day when it was not.

It has no future but itself,
Its infinite realms contain
Its past, enlightened to perceive
New periods of pain.


Tradução:

A dor tem um elemento de branco;
Não consegue recordar-se
Quando começou, ou se houve
Um tempo em que não era.

Não tem futuro a não ser ela própria,
Os seus reinos infinitos contêm
O seu passado, iluminado para reconhecer
Novas eras de dor.


There's a certain slant of light,
On winter afternoons
That oppresses, like the weight
Of cathedral tunes.
Heavenly hurt it gives us;
We can find no scar,
But internal difference
Where the meanings, are.

None may teach it anything,
'T is the seal, despair,
An imperial affliction
Sent us of the air.

When it comes, the landscape listens,
Shadows hold their breath;
When it goes, 't is like the distance
On the look of death.

Tradução:

Há uma certa inclinação na luz,
Nas tardes de inverno
Que oprime, como o peso
Da música das catedrais.
Uma dor celestial nos traz;
Não deixa cicatriz,
Mas uma mudança interior
No lugar dos significados.

Ninguém lhe pode ensinar algo,
É o selo, desespero,
Uma aflição imperial
Que nos cai do ar.

Quando chega, a paisagem escuta,
As sombras sustêm a respiração;
Quando se vai, é como a distância
No olhar da morte.


After great pain, a formal feeling comes—
The Nerves sit ceremonious, like Tombs—
The stiff Heart questions was it He, that bore,
And Yesterday, or Centuries before?

The Feet, mechanical, go round—
Of Ground, or Air, or Ought—
A Wooden way
Regardless grown,
A Quartz contentment, like a stone—

This is the Hour of Lead—
Remembered, if outlived,
As Freezing persons, recollect the Snow—
First—Chill—then Stupor—then the letting go—


Tradução:

Após grande dor, surge um sentimento formal
As Têmperas sentam-se cerimoniais, como Túmulos
O rígido Coração questiona, foi Ele, que suportou,
E Ontem, ou Séculos atrás?

Os Pés, mecânicos, rodam
Da Terra, ou Ar, ou Dever
Num caminho Lenhoso
Descortesmente aberto,
Um contentamento de Quartzo, como uma pedra

Esta é a Hora do Chumbo
Memória, se prolongado,
Como pessoas que Gelam, recolhem a Neve
Primeiro—Arrepio—depois Torpor—depois o deixar ir—

sábado, 18 de julho de 2009


Porque há dias assim, em que me sinto cansada e arrasto a alma fendida pelo chão, com a fúria a gritar na outra mão, quando vejo o que fazem aos meus irmãos.


quinta-feira, 16 de julho de 2009


A desidratação torna-nos quebradiços. Podemos partir-nos em milhões de pedaços e nem dar por isso ou tal ser extremamente doloroso. Para lidar com a desidratação temos de a enfrentar como uma desconstrução e não aproveitar nenhum pedaço daquilo que se partiu. O cálice parte-se, sim. Mas era um cálice de terra, Inês. Barro. Era um cálice imperfeito. Temos de reconstruir-nos, agora, e sim, podes usar o barro, mas tens de o amassar com luz. Inês escutava Alaïs atentamente, o corpo trémulo e dorido, tinha frio e tinha medo, mas escutava-a. Sabia tudo o que tinha de largar e não era fácil. Já não tinha mais lágrimas, rios e mar estavam secos. A luz existe na escuridão, tal como a eternidade existe no tempo. Com o teu corpo formas uma cruz, abraças e colhes, abraça e colhe, mas lembra-te, o que colhes não é aquilo que abraçaste. Abraças no plano do barro e colhes no plano da luz. Só assim poderás construir o cálice perfeito. Pois é assim que se amassa o barro com a luz.


quarta-feira, 15 de julho de 2009


Outrora as palavras corriam líquidas, de uma ilha para outra, de oceano em oceano, no dorso dos golfinhos, luziam no orvalho matinal dos mastros, de alga em alga abraçadas, em canto espraiado de coral para coral, saíam do meu peito como cavalos marinhos, altivas, espuma prateada e branca, pérolas libertas nas penas húmidas das gaivotas em vôos picados, conchas abertas, búzios secretos, sal e plancton, seios em seixos, brilho nocturno fértil na superfície das águas, tinham um destino, as palavras, o teu peito fortificado.

O mar morreu de assalto e as palavras secaram, fossilizadas, jazem num leito de pedra à espera do dilúvio de uma memória que singelamente lhes degole a sede.

domingo, 12 de julho de 2009


Não há calor nem frio neste sítio onde me encontro,
nem luz nem escuridão. Apenas breves sombras
acinzentadas, como pálidos braços
de nevoeiro ondulantes, talvez serpentes adormecidas,
cujos dentes se tenham enterrado no sangue


outrora vermelho, agora igualmente cinzento,
espesso, enlameado.
Não há sentimento ou emoção,
apenas uma espécie de anestesia,
paralisia ou desaceleração, quase morte.
Não existe sequer peso ou leveza,
ou chão, ou caminho ou horizonte ou paisagem,
nem mesmo o tempo aqui sobreviveu.
Não existe vida. No entanto, existe algo.
Eu estou aqui e não estou morta.
Mas não há som, nem tacto, nem cheiro,
apenas a memória do sabor numa certa humidade
na boca e os restos de uma visão queimada.
Não estou adormecida. Não estou acordada.
Nada sinto. Estou mortalmente cansada.
Pedra vegetal. Dormente.


De repente fui despertada por guinchos horríveis. Só então me apercebi de que adormecera também. Os guinchos provêm da alma, que se contorce, perdendo gradualmente a forma, enquanto o punhal se crava no ser. As asas já não existem. Os guinchos são como os de uma criatura recém nascida, abandonada, esfomeada. Tento não ouvir. O tempo restabelece-se, toda a paisagem se desfaz, cores violentas invadem a minha sensibilidade. Tento ainda segurar o cabo do punhal, mas em vão, pois o cabo desfaz-me uma parte da mão. Enterra-se cada vez mais firmemente na alma, que se parece cada vez mais com um trapo sujo. O punhal desaparece e tudo fica silencioso. Em estado de choque, fito o que sobrou, na luz cinzenta. Fiapos negro-azulados de uma qualquer coisa. A coisa rasteja agora, em direcção ao corpo. Continua viva. Cobre todo o corpo, enquanto a mente enlouquece por um instante, e a coisa penetra nele, no corpo, pela pele, sem dor. À medida que o corpo cai, lentamente, na neve, a luz regressa. O tempo faz-se ouvir de novo. A mente adormece. Estamos no cimo de uma montanha gelada. Vejo o sol a rosar o horizonte. Não há caminho. As pálpebras erguem-se devagar. O olhar do corpo é triste. Vejo-o ficar azulado com o frio, braços, mãos, pernas, pés, nádegas enterrados na neve branca. A coisa está viva dentro dele. A mente desperta e começa a trabalhar. Mas é inútil. O corpo está nú, na neve gelada. Não há caminho. Preparo-me para partir. É então que ele surge, Raziel, sob a forma de esfinge ardente, do outro lado do cume, de ocidente. Desenhou uma estrada na encosta da montanha e traz um manto sobre o dorso. Com espanto, vejo o corpo erguer-se e precipitar-se na direcção do querubim e aninhar-se sob as suas patas dianteiras. Raziel baixa a enorme cabeça e o manto escorrega-lhe do pescoço para cima do corpo. Sussurra um nome, que não consegui escutar. O corpo adormece de novo, enrolado no manto. Raziel parte. Durante sete dias e sete noites, o corpo não se move, mas respira, e ouço a mente a trabalhar. No amanhecer do oitavo dia, o corpo ergue-se, enrolado no manto e vira-se para trás, o olhar gelado fixo em mim. Com voz rouca, murmura: Vens? Sem palavras, volto a fundir-me com o corpo e a mente e desço com eles a montanha, pela estrada calcinada que Raziel deixou aberta. Da alma, nem sinal.

sábado, 11 de julho de 2009


Senhor das Palavras, não te quero aqui.
As palavras que te roubei estão mortas.
Eu também.

Recebeu, no seu regaço, as palavras que não lhe eram destinadas. Por elas se apaixonou perdidamente, embalou-as, deu-lhes peito, beijou-as, acariciou-as, explorou-as, bebeu delas, fez amor com elas uma noite atrás da outra, como louca que era, como uma ladra, como uma perdida. As palavras definharam no seu colo, nunca se transmutaram, nunca cresceram, nem sequer falaram. Pertenciam a outra, uma qualquer, pouco lhe interessava, apenas a queria desviva, a essa outra, a bruxa dele.

Até que a realidade a trespassou de lança, como a um estafermo de barro fresco, ao ver as palavras secas a corromperem-se entre os dedos famintos. Pegou então no que restava delas, pedaço a pedaço, e devorou-as, mastigou-as raivosamente, rasgou-as com os dentes caninos, triturou-as com os molares, desfez o resto em papa com a acidez da saliva e tentou cuspi-las. As palavras, vingativas, invadiram-lhe as entranhas e penetraram-lhe no sangue. Agora, deliciadas, vampirizam-lhe o corpo e a vida, devagar, muito devagar, com o prazer deleitoso, profundo e egoísta das mortas-vivas.



sexta-feira, 10 de julho de 2009


Ezequiel 10:14


E cada um deles tinha quatro rostos:
o primeiro, era o rosto de um touro
e o segundo o rosto de um humano,
e o terceiro o rosto de um leão
e o quarto o rosto de uma águia.

Árvore da vida
irmã, guardo-te com a flama,
quatro nomes e quatro rostos, terra,
mar, fogo e vento.
Onde está o meu irmão?
Não há abraço
na mentira.
Sobra o fogo:
keruvim araiot.
Cálice de luz, sei
todos os nomes, encontrarei
o que te perdeu,
será teu,
na tua
mão.

A alma não acorda. Já tentei várias vezes arrancar-lhe o punhal que tem cravado entre as frágeis asas, mas em vão. O punhal é estranho. Parece cristal, mas não é sólido. Cada vez que tento puxá-lo, enterra-se mais e estende pelas costas da alma uma espécie de pequenos tentáculos de água, que seguram as asas de encontro às margens delicadas do ser etéreo. Retiro a mão e os tentáculos desaparecem. Não são realmente água. Já tentei senti-los. Estão muito quentes e emitem luz, como se fossem de matéria plasmática. O corpo e a mente já acordaram. Só me falta acordar a alma, mas sem tirar o punhal, não consigo. Pela primeira vez, não sei o que fazer. Preciso compreender como surgiu este punhal e de que material ou energia é feito. Sem a alma, não sei para onde vamos. Já descansámos o suficiente. Posso abandoná-los aos três e partir, mas sei que ainda não chegou o tempo. Estou agora aqui confinada a este espaço, onde existe apenas uma estranha mistura de penumbra e claridade. Senti-a sonhar, a noite passada. Invocou Raziel. Não faço ideia o que pretende do querubim. Não se devem invocar os querubins sem mais nem menos. Mas como a tonta, como de costume, não sabe o que está a fazer, resta-me esperar. O corpo recupera devagar, mas de forma segura. A mente, a mais cobarde de todas, ainda treme. Aqui o tempo foi silenciado, o que ainda me preocupa mais, pois sem a música do tempo não faço ideia se isto pode ter um fim. Isto, este intervalo forçado num buraco do tempo, com a alma a dormir, o punhal cristalino enterrado entre as asas. Não que esteja desconfortável. Só me sinto incomodada. A maior parte da luz que aqui existe vem do punhal. Não gostava que ele se apagasse. Mas sei que tenho de arranjar uma forma de o arrancar ou de o enterrar de vez dentro da alma. Só que não sei se ela poderá voar com o punhal enterrado lá dentro. É importante compreender primeiro as coisas antes de lhes tocar ou de as forçar a algo. E a única forma absoluta de compreensão é através do amor. Tento amar o punhal, mas não consigo. É demasiado estranho. Nunca vi tal coisa. Vou ter de aguardar. Sento-me e dou pequenos toques na alma. Nada. No sítio onde depositei os toques, surgiram pequenos jasmins brancos. Suspiro. Sinto pela primeira vez com dor a ausência da música. O silêncio dói. Mas isso já eu sabia.

folhas soltas

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